Lisboa concentrou cerca de 1,5 milhões de pessoas durante a jornada mundial da juventude, que ocorreu do dia 01 ao dia 6 de agosto de 2023, em Portugal. O evento dividiu opiniões quando falado sobre o comportamento dos peregrinos visitantes no país. De um lado, grande parte dos veículos de informação transmitiram a grandiosidade do evento que recebeu o Papa e a sua celebração. Já, por outro lado a cidade precisou se readaptar durante esses seis dias, o que deixou muitos moradores e locais bastante descontentes.

O QUE É!
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa. É, simuntaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da igreja universal e um momento forte de evangelização mundo juvenil. E apresenta-se como um convite a uma geração determinada em construir um mundo mais justo e solidário. Com uma identidade claramente católica, é aberta. Todos, quer estejam mais próximos ou mais distantes da igreja.

O QUE FOI?
Embora o evento tenha sido, mais uma vez histórico, segundo os moradores de Lisboa a cidade não estava preparada para um evento desse porte. O caos começou já nos primeiros dias, com ruas cortadas e com a realocação e o “reforço” dos transportes públicos. Chegar num dos pontos mais acessíveis da cidade tornou-se um desafio muito grande e seguir uma jornada tranquila de trabalho custou o sossego de muita gente. Para além de tudo isso o que chamou a atenção de muitos moradores que precisavam utilizar comboios, metros, autocarros, ou até mesmo os passeios, foi o comportamento dos peregrinos.

Alguns portais de informação independentes, registraram os peregrinos a quebrarem as cancelas de acesso ao metro e perturbar a paz nos transportes públicos, com danças, gritarias, e música alta. Um fato bastante comentado foi sobre a lei que se aplica a esse tipo de comportamento podendo gerar coimas de 50 a 250 euros. E que não foi aplicado aos nossos “visitantes”
O negativismo referente ao comportamento dos peregrinos, geraram diversos questionamentos por algumas nacionalidades que residem em Lisboa. “… agora, imagina se fossem apenas brasileiros, paquistaneses, cabo-verdianos ou indianos. Como seria visto esse tipo de comportamento, positivo ou negativo?” “Será que depende da nacionalidade ou tom de pele ou de onde você vem, depende!” — comentou o Erick do ‘Qual é a boa Lisboa.’

O evento que veio com o objetivo principal de dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, acabou por deixar uma imagem negativa aos olhos de alguns portugueses e estrangeiros residentes em Portugal, comprometendo até mesmo a ideia de que a JMJ seja um evento “Para Todos”.